quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lei que prevê morte para gays em Uganda pode gerar 'efeito dominó' na África

Membros de ONGs analisam consequência de aprovação do projeto.
Uganda tem lei anti-homossexualismo, mas novo projeto prevê execução.

Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo


A África concentra o maior número de países com leis antigays no mundo. São 36 nações, mais da metade do continente, que proíbem legalmente o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Quatro países, Mauritânia, Nigéria, Sudão e Somália, aplicam a pena de morte para quem infringe a norma. Nos próximos dias, esse número pode aumentar para cinco, se Uganda, que já tem uma lei que rejeita o homossexualismo, aprovar um texto mais rígido para condenar a prática homossexual.

 
Para integrantes de organizações defensoras dos direitos homossexuais, a aprovação da lei de Uganda pode gerar um 'efeito dominó' em mais países africanos. "Esse é nosso grande medo, já que muitos países deram início a debates sobre o tema. No Quênia, processos constitucionais já retiraram conquistas positivas alcançadas antes da proposta de Uganda. A Tanzânia lançou uma campanha contra o ativismo gay, e, na Etiópia, líderes religiosos já se pronunciaram contra o apoio aos direitos homossexuais", disse em entrevista ao G1 Monica Mbaru, queniana, chefe do programa africano da Comissão Internacional pelos Direitos Gays e Lésbicos (sigla IGLHRC, em inglês).


Outro lado: Pastor defende projeto de lei anti-homossexual de Uganda e diz que família precisa ser protegida


Segundo ela, se o projeto virar lei, o perigo real e a hostilidade alcançarão níveis perigosos, levando a prisões e a justificativas para a violação dos direitos humanos.
A mesma opinião tem o secretário geral da ILGA, Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex, o italiano Renato Sabbadini. Para ele, ação parecida pode ocorrer pelo menos em Ruanda e em países que, assim como Uganda, têm uma presença forte de 'protestantes fundamentalistas'.


Igrejas e seitas protestantes - inclusive americanas - estão por trás do projeto de lei de Uganda.

Segundo uma reportagem publicada pela revista Time, ugandenses apoiadores da lei "parecem estar particularmente impressionados" com as ideias de Scott Lively, um pregador conservador da Califórnia que escreveu um livro ("he Pink Swastika") sobre o que julga serem ligações entre o nazismo e a agenda gay para a dominação do mundo. Outra reportagem, do New York Times, diz que Uganda tem se tornado um "ímã" para grupos evangélicos americanos. "Algumas das personalidades mais importantes da cristandade passaram recentemente por aqui, geralmente trazendo com eles mensagens anti-homossexuais", diz a matéria, de janeiro deste ano.


O texto do projeto de lei busca "estabelecer uma legislação consolidada para proteger a família tradicional proibindo qualquer tipo de relação entre pessoas do mesmo sexo" e ainda objetiva "proteger as crianças e adolescentes de Uganda que estão vulneráveis ao abuso sexual e desvio como resultado de mudanças culturais, de tecnologias de informação livres de censura, órfãos que podem ser criados por casais homossexuais, entre outros".

A pena para quem pratica ato sexual com pessoa do mesmo gênero é prisão perpétua. Se o caso for de 'homossexualidade agravada', que inclui sexo com menor de idade, com pessoas portadoras de AIDS, com pessoas deficientes ou um homossexual 'em série', a pena é execução.


Reação internacional


Além de protestos organizados por Ongs de diversos países, o presidente americano, Barack Obama, se declarou contra o projeto de lei de Uganda. Num discurso no início de fevereiro,
 Obama classificou o texto de 'odioso'.

Para Renato Sabbadini, a pressão internacional pode ajudar a evitar a aprovação da lei, "mas um boicote ou sanções comerciais ao país só prejudicariam os mais pobres e não quem criou a lei."

"Num longo prazo, a melhor coisa que a ajuda internacional pode fazer é ajudar as organizações locais para elas quebrarem o isolamento nessas sociedades. Se realmente querem que a homofobia termine nesses locais é preciso endossar o trabalho de organismos locais. Porque isso é uma barreira cultural, estamos falando de uma transformação cultural da sociedade e isso leva tempo."


Manifestante segura cartaz em manifestação contra o projeto de lei antigay de Uganda, em Nova York, em novembro de 2009 (Foto: Stan Honda/AFP)


Origens da hostilidade


Segundo Renato Sabbadini, muitas dessas leis anti-homossexuais são, na realidade, resquícios do período colonial. "Principalmente países que estiveram sob o domínio britânico e que usaram como modelo de código penal o código britânico do século XIX. É o caso de Uganda."

Monica Mbaru também cita a herança colonial, mas enfatiza que, "mesmo após a independência, muitos países mantiveram as leis, o que significa que elas servem a uma classe política específica. Os líderes políticos não têm responsabilidade pelo que fazem, pelo que falam em público e pelo que abdicam como preocupação nacional. Em muitos locais em que trabalho há poucas prisões, mas a polícia usa a lei para chantagear e extorquir indivíduos. E não há vontade política em mudar essas leis."

Mediante  essa reportágem, que por um lado muitos apóiam, outros querem a pena de morte, entre esses dois extremos deixe um comentário com sua opnião sobre o assunto.

"Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido." Lucas 19.10

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Nasa lança ao espaço sonda para estudar o interior do Sol

Artefato irá orbitar a 35 mil quilômetros da Terra. Objetivo é conseguir prever atividades solares.

Do G1, em São Paulo

Projeto de pesquisa mais detalhada do Sol gastou até agora R$ 1,5 bilhão (Foto: Nasa)
 
Uma sonda preparada para estudar o Sol foi lançada nesta quinta-feira (11) às 13h23 (hora de Brasília) pela Nasa a partir do Cabo Canaveral, na Florida (EUA). O equipamento ficará em órbita durante cinco anos a uma distância de 35 mil quilômetros da Terra, de onde enviará dados para uma estação localizada no estado de Novo México, nos EUA.
 
Técnicos inspecionam a SDO (Foto: Nasa)

Por meio de fotos em alta resolução, os cientistas esperam descobrir como funcionam processos físico-químicos no interior do Sol. A sonda também vai medir a atividade do campo magnético solar.



Leia também:
Imagens inéditas obtidas por telescópio alemão mostram superfície do Sol

O objetivo da Nasa é conseguir prever tempestades e outras atividades solares que podem afetar equipamentos em órbita, astronautas da estação espacial internacional (ISS) e sistemas eletrônicos na Terra.


O Observatório de Dinâmica Solar (SDO, na sigla em inglês) consumiu um investimento de US$ 800 milhões (quase R$ 1,5 bilhão) até agora.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Religião dominante no Haiti, vodu mistura elementos cristãos e crenças africanas

Religião foi oficializada pelo governo e é praticada nacionalmente.
Rituais lembram a umbanda e o candomblé brasileiros.

Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo


Em meio à situação de catástrofe humanitária vivida pelos haitianos após o terremoto que devastou o país no dia 12 deste mês, o cônsul do Haiti em São Paulo foi pego numa declaração dizendo que toda aquela tragédia era culpa de uma 'maldição' feita 'pelos africanos que moram lá'. Tentando associar a 'maldição' à 'macumba', George Samuel Antoine quis dizer basicamente que o terremoto foi culpa do vodu - religião amplamente praticada pelos cidadãos do país.



No dia seguinte, o cônsul pediu desculpas pelos comentários - ele ainda disse que a 'desgraça de lá' estava sendo 'boa pra gente aqui'. Mas o "flagra", segundo analistas entrevistados pelo G1, mostra um preconceito que há muitos anos domina a elite ocidental de maneira geral: a visão de que o vodu é uma crença primitiva e de que seria responsável pelo atraso social e até econômico do Haiti.



cobertura completa: terremoto no Haiti


Haitianas dançam em ritual de vodu em abril de 2004 (Foto: Thony Belizaire/AFP)


A religião existe antes mesmo da criação do país. Uma versão amplamente aceita da história da independência do Haiti, em 1804, conta que a revolta dos negros teve origem em um ritual de vodu.


"O vodu é central na história haitiana e atinge a maior parte da população", explica o antropólogo e professor do programa de pós-graduação em antropologia social da UFRJ Federico Neiburg. Segundo ele, a religião foi construída nas Américas por escravos, como o candomblé no Brasil, e mistura elementos de cultos africanos com o cristianismo. Há entidades que são associadas com santos, e datas festivas católicas que são celebradas pelos praticantes do vodu. "Junto com o vodu, surge uma língua, que é o crioulo, que também é uma mistura."



Veja imagens de cerimônias de vodu no Haiti



Apesar de o vodu estar profundamente atrelado à tradição e aos valores nacionais, houve durante muitos anos uma perseguição aos seus praticantes no Haiti. "A elite haitiana que fez a revolução olhava mais para a França do que para a África. Esse olhar fez com que, durante quase um século, até o início do século XX, a elite haitiana tivesse uma relação paradoxal: rejeitavam o vodu, embora muitos integrantes conhecessem e até praticassem a religião. Eles colocavam a prática como a causa do atraso da nação. Isso começou a mudar na década de 1920 e 1930, no contexto da ocupação norte-americana do país. Essa ocupação (de 1915 a 1934) produziu na elite um sentimento nacionalista e uma volta do olhar para a África", explica o professor Neiburg.


O vodu ainda sofreria um outro revés, em 1940, quando houve uma campanha contra a prática no país. A religião só foi reconhecida oficialmente pelo Estado com a promulgação da Constituição de 1987, que também reconheceu o crioulo como um dos idiomas oficiais do país.


Conheça um pouco sobre os rituais do vodu haitiano:


Iniciação e casamento com espíritos

Segundo a cientista social e doutoranda em antropologia Flávia Dalmaso, que esteve no país presenciando cerimônias de vodu, a iniciação é feita com dança, comida e incorporação de espíritos. Mas isso tudo depois que o iniciado passa uma semana no ‘oufo’, que é local do culto.



Os casamentos, que são realizados entre pessoas e espíritos, também são celebrados geralmente com dança e comida. Na cerimônia presenciada por Flávia, um homem se casou com um espírito que havia solicitado o matrimônio. "A pessoa que encarnou o espírito usou um vestido de cetim zul, que era a cor preferida da entidade, e o noivo estava de branco."




Homem pratica ritual em julho de 2000, no norte de Porto Príncipe (Foto: Thony Belizaire/AFP )


Flávia disse que as cerimônias variam, mas que geralmente quem realiza o matrimônio é um 'père’ - pessoas que fizeram o seminário católico, mas não chegaram a ser padres. Eles se vestem como padres católicos, leem preces e jogam água benta. "É uma figura muito importante no vodu. Estão presentes na iniciação, nas novenas e realizam casamentos", explica ela.

Após se casar com um espírito, o praticante deve respeitar seu desejo e passar um dos dias da semana sozinho, sem sair com ninguém.



Cerimônias e possessão

As cerimônias de vodu haitiano têm música e dança. As mulheres geralmente usam lenços na cabeça e dançam descalças. De acordo com o antropólogo José Renato Baptista, que está terminando o doutorado sobre o vodu e ficou um ano e meio no Haiti, algumas danças são muito sensuais, valorizando o movimento dos ombros e dos quadris. "As cerimônias são marcadas pelo ritmo, é uma música forte, muito interessante, agitada, tocada normalmente por três ou mais tambores, mais ou menos como o nosso candomblé", explica ele.



Já a questão da possessão, segundo ele, "é um grande mistério". "É uma discussão profunda. Partimos do pressuposto de que aquela experiência se baseia numa verdade vivida por aquelas pessoas." A possessão ocorre em situações específicas e, segundo José Renato, é parte fundamental da religião à medida que é uma forma de contato privilegiado com as divindades.



O chefe religioso é o ‘ougan’ - o equivalente ao nosso pai de santo. O equivalente feminino ao ougan é o ‘mambo’. São eles que percebem a presença das entidades - os 'loan'. Isso pode acontecer por cartas, ou por pessoas que passam por crises pessoais. "Essa relação com os loan pressupõe uma relação com ancestrais ou uma relação mítica. O pressuposto fundamental é servir a uma divindade. Muitas vezes esse loan é uma herança familiar, um ancestral que se manifesta, que vem para ajudar ou cuidar de seus parentes. A formação do vodu tem muito a ver com essa idéia do culto aos ancestrais", explica o antropólogo.


Sacrifício animal

Diferentemente das religiões de origem africana praticadas no Brasil, no vodu haitiano o sacrifício animal é realizado publicamente. O animal é morto, seu sangue é utilizado em determinadas ações rituais e depois a carne é preparada e servida como comida na cerimônia. O sacrifício é realizado como uma oferenda para as divindades.


O animal é sacrificado em homenagem às entidades. Depois, a carne é preparada e servida para os seguidores. Na foto, um sacrifício durante ritual em abril de 2003 (Foto: Thony Belizaire/AFP)


Zumbis

A simbologia do zumbi é muito conhecida no Ocidente principalmente por terem sido imortalizados no cinema, em filmes como "The white zombies" (de Victor Halperin, 1932) e "A noite dos mortos vivos" (dirigido por George Romero, em 1968). O zumbi seria uma pessoa que ingere uma substância, tem uma morte aparente e, depois de enterrada, é tirada do túmulo e fica num estado letárgico sob os comandos de alguém.



Leia ainda: 'Zumbilândia' celebra com bom humor o legado dos mortos-vivos no cinema



Leia ainda: Cientista defende verdades por trás do mito dos zumbis


Segundo José Renato, o zumbi é, antes de tudo, um escravo. "Existe todo um mito em torno das ideias de envenenamento, de utilização de magia no Haiti. Há um preconceito construído em torno disso. Eu vivi um ano e meio no país e nunca vi um zumbi. Muitas vezes, quando alguém fala de zumbi, pode ser uma pessoa abandonada pela família, há casos de pessoas que perdem a memória e essa pessoa pode ser apropriada como um empregado não remunerado. Há uma mística em torno da figura, mas eu não duvido que exista."



Segundo ele, no norte do país, nas plantações de cana, fala-se que a riqueza de certos fazendeiros advem de terem muitos zumbis trabalhando. "A ideia da mão-de-obra escrava tem muito a ver com isso, é preciso contextualizar", explica José Renato.

ATITUDE DE QUEM AMA

O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E,
beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram
(Rute 1.9).



Essas palavras foram ditas por uma pessoa que não pensava somente no próprio
bem-estar. Noemi queria que suas noras, agora viúvas, não a acompanhassem, mas
ficassem em Moabe, casassem-se novamente e tivessem uma vida abençoada. É quase
impossível encontrar quem pense no próximo. Agora, que fique um bom conselho:
casar-se por conveniência não traz felicidade para os dois lados.



A nobreza de uma pessoa é percebida quando ela, mesmo tendo prejuízo ou
desprezando lucro e outras vantagens, não usa nem abusa do carinho e do respeito
que outrem sente por ela. No caso, Noemi preferiu ficar sem a ajuda de suas
noras a deixá-las privar-se de uma vida prazerosa e realizadora que o matrimônio
proporciona.



Ela orientou-as a não a acompanharem, mas constituírem uma nova família. Orfa
aceitou de pronto o conselho, e não se ouviu dela mais. Já com Rute, a decisão
foi diferente: ela abdicou da sua felicidade e foi com a sogra. Como acontece
com quem deixa qualquer coisa por amor do Evangelho, mais tarde, Ruth, por
orientação de Noemi, casou-se com um importante homem da região, o qual veio a
ser ancestral do Senhor Jesus.



No mundo de hoje, pessoas bem mais novas, por causa de dinheiro, ou de
posição social, têm-se casado com outras já amadurecidas, e essas estão fazendo
um grande mal àquelas que se “vendem” por algum motivo. Com o passar dos anos,
verão que também prejudicaram a si mesmas. Tomar posições por prazer, lucro
fácil, sem olhar outros fatores, é laço do inimigo.



É diferente a atitude de quem possui o amor de Deus, pois jamais usará ou
abusará de alguém que, por necessidade ou inexperiência, sujeita-se aos
caprichos de quem detém bens, riqueza, poder ou autoridade. Seguindo essa linha
de raciocínio, vemos pais mexendo com os sentimentos dos filhos para mantê-los
em casa, não percebendo a maldade que fazem com eles. Atitudes assim são típicas
de quem anda na carne.



O casamento é para dar descanso físico, mental e espiritual. O que acontece
no leito conjugal, onde natureza com natureza, sem a participação da
imoralidade, cumpre o propósito divino é ato planejado pelo Senhor. Quando duas
vidas são atraídas pelo amor e se unem de acordo com o mandamento, elas se
tornam uma só carne e têm a bênção dos Céus para uma realização santa, da qual
virão os filhos, que são herança do Senhor (Salmo 127.3).
Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Crescer, como precisamos crescer. Para isso se alegre nas provações

Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.
Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma
Tiago 1. 2-4

Ninguém evita a dor de existir.

De um modo ou de outro a experiência da dor é algo tão presente na vida quanto a própria experiência do existir.

Sente-se dor ainda no ventre materno. Sente-se dor ao nascer. Sente-se dor para comer. Sente-se dor para mastigar. Sente-se dor de quedas. Sente-se dor para andar. Sente-se também a dor que decorre do brincar. Sentem-se as dores do aprender. Sente-se a dor do amar. Sente-se a dor do perder. Sente-se a dor do esperar. E, quanto mais o tempo passa, mais são sentidas todas as dores de ser, tanto no corpo, quanto na alma e no espírito.

A lista de experiências de dores é infindável. Porém, a dor é inevitável.

É por isto que Tiago, o irmão do Senhor, autor da Epistola, nos diz que devemos ter por motivo de toda alegria o passarmos por [várias] todas as tribulações, tentaçoes. Pois, diz ele, é pela provação do sentido da vida como fé e amor, que o ser cresce para tornar-se forte e resistente; ou seja: perseverante.


E mais:

Tiago diz que é pela perseverança que tem ação completa, ou seja: que termina o trabalho e nunca desiste antes — que o nosso homem interior vai ganhando completude e caminha para a perfeição do ser em-si; crescendo em inteireza, em integridade, em plenitude.

Assim, quem não enfrenta a dor inevitável do existir com toda alegria, entendendo cada coisa como oportunidade de crescimento e amadurecimento, jamais tirará da vida o seu bem, que é a produção de um homem [mulher] adulto em Cristo; o qual ama a Deus por Deus e por nada mais.

Veja o que você quer. A dor é inevitável. Escolha se você vai passar por ela com toda alegria, ou se deixará que a dor seja o seu humor.

Reflita sobre isso hoje...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

SER CRISTÃO, UM PRIVILÉGIO

Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco (2 João 1.2).

Que declaração profunda: a Verdade está em nós e permanecerá para sempre conosco. Que privilégio! Ela nos torna vencedores em todas as situações e nos faz amar os irmãos em Cristo. Com Ela, temos poder sobre qualquer mal e não tememos o inimigo.

Os que seguem Jesus têm a Verdade neles, e isso lhes dá uma responsabilidade muito grande, pois precisam observar como andam, o que fazem e falam. A Verdade não veio habitar em nós por acaso, trata-se de uma parte do plano de Deus para a nossa redenção. Imagine o desconforto que o cristão dá a Ela quando ele age mal! O que acontece quando alguém dá lugar à tentação e cai em pecado? A Verdade continua nele? Será que Ela convive com o erro? Ou abandona quem atende à transgressão?

O melhor dessa revelação não é que a Verdade vive em nós, mas que permanecerá para sempre conosco. Mesmo sendo infiéis, o Senhor, que é fiel, não nos desamparará (2 Timóteo 2.13). Mas, cuidado! Ele advertiu que Seu Espírito não contenderá para sempre com o homem (Gênesis 6.3). Que o exemplo de Saul fique como advertência a quem prevarica. Esse homem fora ungido rei de Israel por mandato de Deus, porém, ao pecar, foi desclassificado e rejeitado (1 Samuel 15.10,11).

Tendo a Verdade em nós, não precisamos que alguém nos ensine nada a respeito dos assuntos espirituais. Basta ouvir a Palavra, e o Espírito Santo, o outro Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas, abrirá o nosso entendimento para sabermos qual é a vontade do Senhor. Em todas as coisas, os filhos de Deus podem ser vencedores (Romanos 8.37).

Ninguém pode contra a Verdade. Pelo fato de Ela habitar em nosso ser, temos poder sobre qualquer mal. Quanto mais conhecermos a Verdade, mais rápido seremos libertos das crendices e dos erros (João 8.32). A Verdade nos faz ver todas as coisas de modo real e não permite que quem A ama viva no erro ou seja enganado. Com Ela em nossa vida, nunca seremos vencidos nas batalhas. Até os irmãos em Cristo irão beneficiar-se da nossa comunhão com Ela. O olhar de quem A tem operando em sua vida é bondoso e confiável.

Nada é mais recompensador do que andar conforme a Verdade. Ela é o próprio Senhor Jesus (João 14.6). Estando nEla, e Ela em nós, daremos muitos frutos. A nossa união com a Verdade nos faz mais do que vencedores em todas as coisas.

Em Cristo, com amor,

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Joio e o trigo ambos no mesmo campo‏

Quando Jesus anunciou mistérios guardados desde a fundação do mundo através parábolas, ao contar um desses mistérios mediante a Parábola do “Joio e do Trigo”, Jesus disse que a razão da semente que Deus plantara no mundo ter sido boa, embora no curso da História as coisas tenham si tornado ambíguas, tinha a ver com o fato de, durante o sono humano (“enquanto os homens dormiam...”), um inimigo haver semeado o joio no Campo de Trigo, que é o mundo original.



E também disse que o Campo é o Mundo; e que o Trigo são os filhos do reino; e que o Joio são os filhos do inimigo.



Na própria Parábola Jesus cria a questão dos servos do Dono do Campo de Trigo, os quais lhe perguntam: “Queres que arranquemos o Joio?”



Ao que Ele responde: “Não! Para que porventura ao arrancardes o Joio não arranqueis com ele também o Trigo”.



E conclui que os filhos do reino terão que conviver com o disfarce do Joio até o fim...



A simplicidade dessas palavras carrega as respostas às questões mais freqüentes dos homens. Sim! Porque o que mais se ouve é: “Por que Deus criaria algo tão ambíguo?” Ou ainda: “Por que Deus permite que o poder da ambigüidade domine a História Humana?”



Além disso, pergunta-se também de onde vem essa semente do mal que existe indubitavelmente entre os homens.



Ora, da simplicidade da mente de Jesus o que nos vem como resposta é que a semente original era boa; que o diabo semeou a semente do mal entre os homens; que há homens-trigo e homens-joio; que a introdução do Joio aconteceu durante a Inconsciência Humana (o sono); que o poder do Joio está na Imagem, na aparência; e que o amor de Deus não delega a tarefa de separação de ambos para ninguém; pois, para Ele, a perversidade de milhões de Joios não justifica o equivoco da eliminação de nenhum Trigo. Pois, Deus ama o Trigo mais do que odeia o estelionato praticado pelo Joio.



Assim, Jesus diz que a separação de ambos é uma tarefa divina, e que homem algum poderá executá-la. Portanto, ensina Jesus que cada um cuide ser quem é; e não busque existir em função da maldade do outro.



O Trigo do Campo do Mundo é um ser frutuoso. O trigo se dá e produz muito fruto. O Joio, porém, ama a proximidade do Trigo, e existe para parecer ser, pois, existe em razão da semelhança; ou seja: da Imagem.



Nos dias de Jesus, do ponto de vista imediato, essa Parábola tinha a ver com Israel, e, por que tendo sido gerado por tão boa semente, tornara-se o Campo das Ambigüidades, com forte predomínio da Política de Imagem praticada pelo Joio-Religioso.



Entretanto, o significado da Parábola, conforme versos que a precedem, tinha a ver com a revelação de mistérios ocultos desde a fundação do mundo.



Desse modo o ensino de Jesus se estende para trás e para frente, mostrando que o fenômeno humano é feito de tal ambigüidade. E mais: que a infiltração da semente do Joio no Campo de Trigo aconteceu por um plantio do diabo durante o estado de inconsciência dos homens. “Enquanto dormiam”.



É no Inconsciente que as boas e as más sementes são semeadas em nós!



É durante o “sono” de uns que o surto de outros cresce!



E mais, falando de um modo hoje considerado simplista e politicamente incorreto, Jesus simplesmente diz que existem humanos que são semente do reino e que há outros que carregam a semente do inimigo, do diabo.

Dura é esta palavra!

Ele mesmo, Jesus, não teve qualquer pudor ao chamar os religiosos de Israel, que vivem de Imagem e de Leis, porém sem amor e misericórdia, de “filhos do diabo”; e disse que a ambição da vida deles era homicida, e, portanto, tinha a ver com satisfazer os desejos do diabo, que era “o pai deles”.


Os que ouviram isso (João 8), disseram que eles eram “filhos de Abraão”, e não do diabo. Jesus, porém, disse que se assim era, que eles então dessem o mesmo fruto que Abraão dera. Do contrário, eles eram Joios vivendo de Imagem e Proximidade Histórica com o Trigo-Abraão, sem que gerassem o fruto que correspondia à semente de fé de Abraão.



O fenômeno da existência do Joio é por Jesus simplificado quando Ele diz que o inimigo, que é descrito mais adiante como sendo o diabo, os plantara no Campo de Trigo. Assim, sem nenhuma preocupação de ser bem ou mal entendido, Ele apenas diz que no mundo existem filhos da boa semente e filhos da semente do mau.



Ora, se alguém está ofendido, certamente o está apenas em razão de ser Joio. O Trigo do Campo não se ofende com isto, pois, ele, tem como resposta não uma discussão, mas o seu próprio fruto de amor.



Entretanto a simplicidade de Jesus ofende o Joio, o qual se sente descortinado e denunciado em sua ausência de fruto de bondade, enquanto apenas existe para aparentar ser, em flagrante consagração à Imagem.



Os filhos da boa semente, o Trigo, são e dão seu fruto, e não discutem essa questão. O Joio, todavia, como não tem o que produzir, discute; e, na sua ânsia de continuar oculto, elege temas do Trigo, crendo que a mera discussão os fará serem visto como Trigo.



Imagem é o único produto do Joio!

Desse modo Jesus ensina que o Trigo é Essência, mas que o Joio é Imagem e Aparência.


Entretanto, o discernimento humano não é acurado o suficiente a fim de poder com certeza discernir um do outro. Desse modo, a paciência divina, por amor ao Trigo, e para que ele não seja arrancado pela ação insana de nenhum justicismo, diz que tal tempo e hora de separação somente Deus faz e fará.



O Joio, todavia, não é como o Trigo. É do Joio que procedem os juízos, as morais aparentes, os virtuosismos performáticos, e a propaganda. Mas é do Trigo que procede o Pão da Esperança que alimenta o mundo.

Dentre todas as sementes que Jesus poderia ter utilizado a fim de ilustrar eesta verdade, Ele preferiu a do trigo. Este pertence a uma família de grãos que se reproduzem, dando exatamente grãos iguais ao que foi plantado.
ex. abacate quando plantado é um e quando colhido tem um fruto totalmente diferente da semente.

Jesus se descreve como a semente original. Mediante a sua morte e ressurreição, Ele se reproduzirá na vida de milhões de pessoas que crêem nele. Não se trata de vidas parecidas com a dele - e sim cristo vivendo na vida dos crentes. " Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longaminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio..." (Gl.5.22).
A vida do homem-trigo não pode ser explicada à parte do Espírito de Cristo que vive dentro dele..."Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Romanos 8.9). Logo será o Joio.

Em Cristo,
05/02/10

A Perfeição pode ser alcançada com um simples ato.


Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva.

As vezes queremos alcançar a perfeição e achamos que esse caminho é doloroso e difícil. Mas na verdade começa com um simples ato de não tropeçar no falar, como lemos no texto acima. Todo o corpo terá reflexo daquilo que falamos, por isso cuidado com o seu modo de falar. Muitas pessoas não dão a mínima pra isso e se encontram estressadas, tristes, deprimidas ou até mesmo perturbadas. Comece a filtrar o que você fala, pois todo o seu corpo também será controlado. Tem coisas que falamos que destrói não só a nós que pronunciamos isso, mais também as outras que não tem estrutura para ouvir tais palavras. Talvez você acha que seu cônjuge pode ouvir certas coisas, ou seus filhos, amigos e na verdade sua palavra está sendo destruição. Não destrua você e nem quem está a sua volta, faça essa reflexão e comece a filtrar o que você fala pois o caminho da perfeição é simples, é policiar o que fala.

Pense nisso…