sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Joio e o trigo ambos no mesmo campo‏

Quando Jesus anunciou mistérios guardados desde a fundação do mundo através parábolas, ao contar um desses mistérios mediante a Parábola do “Joio e do Trigo”, Jesus disse que a razão da semente que Deus plantara no mundo ter sido boa, embora no curso da História as coisas tenham si tornado ambíguas, tinha a ver com o fato de, durante o sono humano (“enquanto os homens dormiam...”), um inimigo haver semeado o joio no Campo de Trigo, que é o mundo original.



E também disse que o Campo é o Mundo; e que o Trigo são os filhos do reino; e que o Joio são os filhos do inimigo.



Na própria Parábola Jesus cria a questão dos servos do Dono do Campo de Trigo, os quais lhe perguntam: “Queres que arranquemos o Joio?”



Ao que Ele responde: “Não! Para que porventura ao arrancardes o Joio não arranqueis com ele também o Trigo”.



E conclui que os filhos do reino terão que conviver com o disfarce do Joio até o fim...



A simplicidade dessas palavras carrega as respostas às questões mais freqüentes dos homens. Sim! Porque o que mais se ouve é: “Por que Deus criaria algo tão ambíguo?” Ou ainda: “Por que Deus permite que o poder da ambigüidade domine a História Humana?”



Além disso, pergunta-se também de onde vem essa semente do mal que existe indubitavelmente entre os homens.



Ora, da simplicidade da mente de Jesus o que nos vem como resposta é que a semente original era boa; que o diabo semeou a semente do mal entre os homens; que há homens-trigo e homens-joio; que a introdução do Joio aconteceu durante a Inconsciência Humana (o sono); que o poder do Joio está na Imagem, na aparência; e que o amor de Deus não delega a tarefa de separação de ambos para ninguém; pois, para Ele, a perversidade de milhões de Joios não justifica o equivoco da eliminação de nenhum Trigo. Pois, Deus ama o Trigo mais do que odeia o estelionato praticado pelo Joio.



Assim, Jesus diz que a separação de ambos é uma tarefa divina, e que homem algum poderá executá-la. Portanto, ensina Jesus que cada um cuide ser quem é; e não busque existir em função da maldade do outro.



O Trigo do Campo do Mundo é um ser frutuoso. O trigo se dá e produz muito fruto. O Joio, porém, ama a proximidade do Trigo, e existe para parecer ser, pois, existe em razão da semelhança; ou seja: da Imagem.



Nos dias de Jesus, do ponto de vista imediato, essa Parábola tinha a ver com Israel, e, por que tendo sido gerado por tão boa semente, tornara-se o Campo das Ambigüidades, com forte predomínio da Política de Imagem praticada pelo Joio-Religioso.



Entretanto, o significado da Parábola, conforme versos que a precedem, tinha a ver com a revelação de mistérios ocultos desde a fundação do mundo.



Desse modo o ensino de Jesus se estende para trás e para frente, mostrando que o fenômeno humano é feito de tal ambigüidade. E mais: que a infiltração da semente do Joio no Campo de Trigo aconteceu por um plantio do diabo durante o estado de inconsciência dos homens. “Enquanto dormiam”.



É no Inconsciente que as boas e as más sementes são semeadas em nós!



É durante o “sono” de uns que o surto de outros cresce!



E mais, falando de um modo hoje considerado simplista e politicamente incorreto, Jesus simplesmente diz que existem humanos que são semente do reino e que há outros que carregam a semente do inimigo, do diabo.

Dura é esta palavra!

Ele mesmo, Jesus, não teve qualquer pudor ao chamar os religiosos de Israel, que vivem de Imagem e de Leis, porém sem amor e misericórdia, de “filhos do diabo”; e disse que a ambição da vida deles era homicida, e, portanto, tinha a ver com satisfazer os desejos do diabo, que era “o pai deles”.


Os que ouviram isso (João 8), disseram que eles eram “filhos de Abraão”, e não do diabo. Jesus, porém, disse que se assim era, que eles então dessem o mesmo fruto que Abraão dera. Do contrário, eles eram Joios vivendo de Imagem e Proximidade Histórica com o Trigo-Abraão, sem que gerassem o fruto que correspondia à semente de fé de Abraão.



O fenômeno da existência do Joio é por Jesus simplificado quando Ele diz que o inimigo, que é descrito mais adiante como sendo o diabo, os plantara no Campo de Trigo. Assim, sem nenhuma preocupação de ser bem ou mal entendido, Ele apenas diz que no mundo existem filhos da boa semente e filhos da semente do mau.



Ora, se alguém está ofendido, certamente o está apenas em razão de ser Joio. O Trigo do Campo não se ofende com isto, pois, ele, tem como resposta não uma discussão, mas o seu próprio fruto de amor.



Entretanto a simplicidade de Jesus ofende o Joio, o qual se sente descortinado e denunciado em sua ausência de fruto de bondade, enquanto apenas existe para aparentar ser, em flagrante consagração à Imagem.



Os filhos da boa semente, o Trigo, são e dão seu fruto, e não discutem essa questão. O Joio, todavia, como não tem o que produzir, discute; e, na sua ânsia de continuar oculto, elege temas do Trigo, crendo que a mera discussão os fará serem visto como Trigo.



Imagem é o único produto do Joio!

Desse modo Jesus ensina que o Trigo é Essência, mas que o Joio é Imagem e Aparência.


Entretanto, o discernimento humano não é acurado o suficiente a fim de poder com certeza discernir um do outro. Desse modo, a paciência divina, por amor ao Trigo, e para que ele não seja arrancado pela ação insana de nenhum justicismo, diz que tal tempo e hora de separação somente Deus faz e fará.



O Joio, todavia, não é como o Trigo. É do Joio que procedem os juízos, as morais aparentes, os virtuosismos performáticos, e a propaganda. Mas é do Trigo que procede o Pão da Esperança que alimenta o mundo.

Dentre todas as sementes que Jesus poderia ter utilizado a fim de ilustrar eesta verdade, Ele preferiu a do trigo. Este pertence a uma família de grãos que se reproduzem, dando exatamente grãos iguais ao que foi plantado.
ex. abacate quando plantado é um e quando colhido tem um fruto totalmente diferente da semente.

Jesus se descreve como a semente original. Mediante a sua morte e ressurreição, Ele se reproduzirá na vida de milhões de pessoas que crêem nele. Não se trata de vidas parecidas com a dele - e sim cristo vivendo na vida dos crentes. " Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longaminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio..." (Gl.5.22).
A vida do homem-trigo não pode ser explicada à parte do Espírito de Cristo que vive dentro dele..."Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Romanos 8.9). Logo será o Joio.

Em Cristo,
05/02/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Perfeição pode ser alcançada com um simples ato.


Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva.

As vezes queremos alcançar a perfeição e achamos que esse caminho é doloroso e difícil. Mas na verdade começa com um simples ato de não tropeçar no falar, como lemos no texto acima. Todo o corpo terá reflexo daquilo que falamos, por isso cuidado com o seu modo de falar. Muitas pessoas não dão a mínima pra isso e se encontram estressadas, tristes, deprimidas ou até mesmo perturbadas. Comece a filtrar o que você fala, pois todo o seu corpo também será controlado. Tem coisas que falamos que destrói não só a nós que pronunciamos isso, mais também as outras que não tem estrutura para ouvir tais palavras. Talvez você acha que seu cônjuge pode ouvir certas coisas, ou seus filhos, amigos e na verdade sua palavra está sendo destruição. Não destrua você e nem quem está a sua volta, faça essa reflexão e comece a filtrar o que você fala pois o caminho da perfeição é simples, é policiar o que fala.

Pense nisso…